• Possuir inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ)
  • Estar registrado na Junta Comercial
  • Possuir capital social compatível com o número de empregados
  • Que profissionais atuam como PJ?

    São exemplos profissionais com contratos como:

    Por que é polêmico?

    A constituição de pessoas jurídicas para mascarar relações de emprego é uma manobra muito utilizada para reduzir custos de empresas, em especial do setor de tecnologia.

    O tema tem colocado o Supremo em rota de colisão com a Justiça Trabalhista ao menos desde 2018, quando a Corte julgou ser inconstitucional uma súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que barrava a pejotização.

    Diferença terceirização x pejotização

    Entenda a decisão do ministro Gilmar Mendes no STF

    O que o STF está julgando?

    O STF discute um caso envolvendo um corretor de seguros contratado como PJ e se trata de vínculo de emprego com a seguradora.

    A decisão sobre este caso definirá, com repercussão geral, se esse tipo de vínculo configura relação de emprego.

    Na prática, o STF analisa a legalidade da contratação de autônomos ou pessoas jurídicas para prestação de serviços. Além disso, vê a competência da Justiça do Trabalho para julgar as causas em que se discute a fraude no contrato civil de prestação de serviços.

    A decisão tomada pela Corte instruirá todas as instâncias do Judiciário em casos similares.

    Por que o ministro Gilmar Mendes decidiu suspender os processos?

    Os processos referentes à pejotização e à relação de vínculo empregatício de autônomos são frequentes na Justiça Cível e também na Trabalhista. 

    Gilmar Mendes é relator desse julgamento no SFT. Ele propôs alinhar um entendimento da Corte para aplicar em casos desse gênero. A medida busca uniformizar os posicionamentos da Justiça do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

    A decisão ministro do STF afeta processos em outras instâncias da Justiça?

    Sim. Todos os processos semelhantes estão suspensos até o Supremo fixar um entendimento.

    Quando sairá a decisão final?

    Ainda não há data para o início do julgamento com todos os ministros do Supremo. Quando isso ocorrer, os ministros deverão decidir sobre três pontos já pré-definidos:

    1. Se a Justiça do Trabalho é a única competente para julgar as causas em que se discute a fraude no contrato civil de prestação de serviços
    2. Se é legal que empresas contratem trabalhador autônomo ou pessoa jurídica para a prestação de serviços, à luz do entendimento firmado pelo STF no julgamento sobre a terceirização de atividade-fim
    3. Definir se cabe ao empregado ou ao empregador o ônus de provar se um contrato de prestação de serviços foi firmado com o objetivo de fraudar as relações trabalhistas ou não

    Uberização

    O tema da pejotização está relacionado também ao fenômeno chamado uberização, que trata da prestação de serviços por autônomos via aplicativos para celular, como é o caso dos motoristas da plataforma Uber, por exemplo.

    Em fevereiro do ano ado, o Supremo já havia reconhecido a repercussão geral em recurso sobre uberização, no qual deve definir se há ou não vínculo de emprego formal entre motoristas de aplicativos de transportes e as empresas responsáveis pelas plataformas.

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